quinta-feira, 8 de julho de 2010

COMEÇA A CORRIDA AO PIRATINI

E a campanha começou oficialmente. Na minha opinião esta eleição será polarizada, mais uma vez, pelas duas forças políticas mais fortes do Estado: PT e PMDB. Yeda corre por fora mas não chegará longe.

POR QUÊ?
Comete equívoco quem pensa que a dita simpatia que os prefeitos teriam por Yeda reverterá em votos. Isto não acontece. Prefeito não se engaja em campanha pra não se comprometer. Vereador sim mas prefeito tem que estar bem com qualquer governador que se eleja. Este é um dos motivos pelos quais a governadora, que busca a reeleição, não cresce nas pesquisas, apesar da fortuna que tem sido aplicada em publicidade estatal. Outro fator é que o desgaste sofrido por Yeda, desde o início do governo, deixou marcas difíceis de serem apagadas na consciência dos gaúchos. Ficou um quê de desconfiança no ar. Ficou também uma sensação de que Yeda, de gênio difícil, é por demais conflituosa para o gosto dos eleitores.

DEBATES
Que a governadora tem gênio forte não é novidade para ninguém. Não tem papas na língua e detona verbalmente qualquer oponente que lhe conteste, ataque ou indisponha. Talvez seja por isto que não irá aos debates - muito mais do que por serem em horário de expediente  - é porque a governadora facilmente iria se indispor com o candidato Pedro Ruas, por exemplo, e perderia o verniz de calma e tranquilidade que este último ano de marketing de qualidade lhe deu. Mesmo assim, considero um equívoco sua não ida aos debates. Vai apanhar muito e não poderá se defender. Ainda faltam 36 dias para a HPEG e até lá o estrago pode ser irreversível.

HPEG
E o candidato do PSOL já mostrou a que veio. Sendo um dos eixos de sua campanha, o combate a corrupção, terá em Yeda seu maior alvo. E o HPEG se encarregará de lembrar ao eleitor sobre os pufes verdes, as gravações do DETRAN e a denuncia do MP.
Sobre Fogaça, Ruas não tem nada a dizer. Acusou o candidato, no debate da Gaúcha, de ter sido contra a instalação de uma CPI na Câmara de vereadores para investigar a Sollus e a Reação. Isto não é nada. Isto nem sequer pode se chamar de acusação. Não existe governador, prefeito ou presidente que queira ver uma CPI criada dentro do seu mandato. Por motivos óbvios, conhecendo-se a oposição predadora que é realizada aqui no Estado e o uso político que se faz das CPI's. E outra, o perfil de Fogaça é conhecido pelos gaúchos. Homem sério, pacificador, de comportamento digno. Neste tipo de homem não se colam acusações ou dúvidas de caráter. Tentar seria perda de tempo. Por isto Ruas concentrará suas armas em Yeda. 

MUITA PROPAGANDA
Com uma campanha caríssima orçada em 23 milhões de reais, 10 milhões a mais do que Fogaça, Yeda espera reverter estes índices com muita propaganda. Pode até baixar sua rejeição mas seria inédito na história política um candidato que tem de 34% a 55% de rejeição (dependendo do instituto) conseguir se eleger.

No próximo post farei uma leitura preeliminar das 3 principais candidaturas...