Mostrando postagens com marcador Serra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Serra. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 1 de março de 2010

Yeda e o anti-petismo

A governadora Yeda Crusius, muito bem assessorada, já se posiciona como a única candidata pró-Serra e anti-PT. De olho em cerca de um terço dos eleitores gaúchos discursou em Imbé: "Estamos defendendo o Estado democrático, que está a perigo. Existem pessoas que tentam dominar o aparelho. O povo vai dizer não, assim como fez na última eleição."

Imbé
O encontro do PSDB em torno de Yeda era pra ser lançamento de candidatura e virou evento de pré-lançamento assim que foi confirmado que importantes caciques do partido, assim como o próprio Serra, não viriam ao encontro. O simbolismo destas ausências seria muito forte e enfraqueceria a candidata, transparecendo que Yeda não tem o apoio político dos líderes nacionais de seu partido.

PP e Yeda
Hoje será o encontro do PP para debater os três caminhos do partido para concorrer ao Piratini: Yeda, Beto ou Fogaça. Com a quantidade de exigências feitas só tem um caminho disponível: a candidatura Beto Albuquerque. Só que, neste caso, o PP precisará que Beto componha com outras forças políticas para aumentar seu tempo de TV. Caso contrário, com programa nanico, fica difícil vender candidatura ao Senado, ou seja lá o que for. Os Tucanos rechaçaram a coligação com o PP na prioporcional. Sofrem de excesso de autoconfiança e parecem esquecer-se que sem o PP, principal partido de sustentação de Yeda, a candidatura da governadora corre o risco de naufragar.

“Zé”
Os teóricos do PSDB às vezes surpreendem pelo insólito. No meio da campanha presidencial de 2006 resolveram mudar o nome do candidato Alckmin para “Geraldo”. Quem diabos era Geraldo? O “novo” nome não pegou e nunca pegaria. Ficou forçado. E o que é pior, tentaram trocar uma marca já conhecida por uma nova, no meio do caminho. Se queriam agregar um toque de povo no candidato havia dezenas de outros caminhos. Agora leio que na campanha deste ano as lideranças do PSDB querem mais “Zé” e menos “Serra”. Tomara que fique só no campo conceitual e não venham interferir na marca “Serra”.

Pesquisa Datafolha
Dilma ultrapassar Serra na espontânea demonstra o quanto a mais ela aparece na mídia e como a campanha antecipada de Lula funcionou. Dilma deverá manter vantagem e crescimento até o momento em que começar o HPEG e os debates. Aí é que ela passará pelo teste definitivo de imagem. Se os petistas forem espertos apostarão em poucas aparições da candidata na TV, investindo mais nos "feitos" do governo Lula. Na verdade ela ganha mais se não for aos debates também. Desempenho de Dilma é muito ruim no discurso, no improviso e no carisma. Mas não acredito na possibilidade desta eleição ser decidida no primeiro turno.

Se Serra desistir...
Chapa Aécio – Ciro povoa os sonhos mais secretos de muitos tucanos e democratas...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O PESO DA ALIANÇA NACIONAL SOBRE OS PARTIDOS NO RS

Lula afirma que ninguém pode proibir o presidente de visitar obras feitas com o dinheiro do povo para o povo e promete viajar até 31 de dezembro, a meia noite. Acusa a oposição de tentar impedí-lo de viajar, com sua candidata Dilma a tiracolo, em plena campanha antecipada. Acusa a oposição de não ter discurso e nem propostas. Presidente, a questão não é a falta de discurso ou de propostas da opisição. A questão é o seu comportamento.Vamos ver as coisas claras, como cidadãos cumpridores de leis morais e éticas. Campanha antecipada não pode. Não foi a oposição que inventou esta regra. A questão não é impedir o Presidente de viajar, sabemos muito bem o quanto o senhor gosta de uma viagem. A questão é viajar com quem e pra quê. Presidentes devem obedecer a regras e leis como qualquer um. Não estão acima do bem e do mal. Lula se esquece com frequência disto. Se a justiça disser que está errado, o presidente não pode desdenhar e dizer que ninguém pode proibir o presidente de viajar.

Toda vez que o Lula é confrontado com um comportamneto irreguilar ou uma prática ilegal o discurso é o mesmo: é perseguição da oposição. Quem não se lembra do "deixa o homem trabalhar" criado para transformar todas as denúncias de corrupção envolvendo o Mensalão em meras invenções de uma oposição inconformada com a perda do poder. E deu certo. A relatividade moral foi inagurada na era Lula e fez com que a percepção da população mudasse em relação a corrupção, que passou a ser vista como característica do meio político: "todo mundo faz".

ALIADO DE DILMA RECEBERÁ PRESIDÊNCIA DA CCJ

Está no Valor Econômico de ontem (10/02), pg A6: Comissões acomodam interesses regionais pela aliança PT e PMDB. CCJ deve ir para o PMDB gaúcho para reforçar aproximação do partido no Estado com Dilma. Mendes Ribeiro Filho, aliadíssimo de Dilma é o escolhido. A CCJ é a Comissão mais importante da Casa. E isto que o jogo pesado ainda nem começou. Esta será uma eleição de fartos recursos e benesses apenas para quem já está no poder e seus aliados. Todos os outros candidatos terão imensas dificuldades de arrecadação. O PT nacional já deixou claro que vai brindar seus aliados com o que for preciso para deslanchar a candidatura Dilma. Vale tudo.

A DUPLA MORAL DE TARSO

Tarso afirma que o apoio de Fogaça a Dilma - que só é tratado como eventual pelo candidato do PMDB -, não o incomoda e nem prejudica sua candidatura. Isto porque só ele teria o apoio de Lula no Estado. Para Tarso, o apoio não impedirá que o PT critique a postura do PMDB estadual ao apoiar o governo Yeda e nem blindará a administração municipal de receber críticas durante a campanha. Na contramão desta afirmação Tarso quer ter um vice do PTB, que também faz parte do governo Yeda e se destaca como uma das forças mais atuantes da base aliada da governadora. Falta coerência.

JAIRO JORGE E O RANÇO PETISTA

Dilma busca o palanque de Fogaça para fugir ao isolamento do PT gaúcho. E mais, ganhar no RS é fator estratégico de primeira grandeza para o PT levar a campanha para o segundo turno. Para o PT nacional, que tem alianças amplas com o PMDB e com o PP, a culpa das perdas do PT nas últimas eleições no Rio Grande do Sul é consequencia do radicalismo do discurso de esquerda dos petistas gaúchos, que dificulta o entendimento e a aproximação com os outros partidos, deixando a legenda no isolamento. O único que se destaca neste quadro é o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, que por suas ações vem se cacifando para uma futura candidatura ao governo do Estado. Com certeza, sem o ranço característico de algumas alas do PT, conseguirá compor um leque amplo de alianças.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A DIFÍCIL ESCOLHA DE FOGAÇA

QUEM AGLUTINARÁ OS VOTOS ANTI-PT?

De longe Fogaça ainda é o candidato mais competitivo para vencer o PT de Tarso Genro. Mas isto pode mudar com o apoio de Fogaça a Dilma. Fogaça é muito diferente de Tarso. O PMDB gaúcho sempre foi um estandarte de resistência ao pensamento único petista no Rio Grande do Sul. Fogaça igualar-se a Tarso no apoio ao projeto petista nacional é de uma incoerência total. Estas alianças PT X PMDB até podem funcionar em outros estados brasileiros mas por aqui? Me inclino a achar que os peemedebistas de carteirinha votarão em Serra e não vão gostar de ver seu candidato Fogaça fazer campanha pro PT. Estava na hora de Serra ou da cúpula da opisição fazerem um movimento forte aqui no Estado, se algum dia pretenderam ter Serra no palanque de Fogaça.

PMDB GAÚCHO É ESTRATÉGICO PARA O PT DE DILMA

Záchia diz que é pró-Serra, Simon se declara "inclinado" à Dilma caso o partido não tenha candidato próprio. Fica difícil assim entender o que pretende o PMDB. Esta estratégia de confundir os aliados e os eleitores deixa claro que o partido vai muito mal.


Por outro lado é fácil perceber o que pretende o PT nacional. Usar o PMDB gaúcho. Empurram Serra para o palanque de Yeda (que consideram mais fácil de vencer) e ficam com dois palanques para a magnânima Dilma, a estadista que concilia os opostos. Vencer no Rio Grande do Sul é estratégico para que o PT assegure que esta eleição vai para o segundo turno.

Caso este apoio se efetive, ganha Yeda, a fiel depositária dos votos de quem não suporta a idéia de ver o PT voltar ao Governo do Estado. E não são poucos.  Ganha também uma terceira via que vier a dar uma chance para os eleitores que não querem o PT terem outra opção de voto que não seja a governadora. Caso Fogaça apoie Dilma esta eleição será - mais do que nunca - a eleição do voto útil anti-PT. Os votos vão migrar entre blocos de mesma ideologia. E Fogaça está prestes a mudar de bloco.

DIFÍCIL XADREZ

Bolzan diz: "só o PMDB pode inviabilizar esta coligação". Parece que o PDT desdenha a prefeitura da capital como se nada fosse. O PDT é uma noiva que faz exigências demais para quem não pode nem prometer fidelidade. Ameaçam que o PDT está fechado com o PT, de Canoas até Novo Hamburgo. O PDT é petista no Vale dos Sinos e no Alto da Serra. Falam em cerca de 40 prefeitos dissidentes.

É realmente inimaginável pensar que o prefeito Fogaça vá se candidatar ao Piratini sem acertar os detalhes da coligação primeiro com o PDT, que herdará a prefeitura de Porto Alegre. Mas daí a ceder a todas as exigências dos trabalhistas é um erro estratégico. Estará gastando todas as cartas com um só aliado, dificultando a atração de outras siglas importantes pra aliança.

O caso do PTB de Lara e Zambiasi é outro quebra-cabeça para o PMDB. Simon diz que "não consegue" se encontrar com Zambiasi porque as agendas dos dois não se conciliam, ora em Brasília, ora em Porto Alegre. Ora, se Lara se mostrar competitivo nas próximas pesquisas não há porque abrir mão de uma candidatura própria, ainda mais se Fogaça for de Dilma. Lara poderia se constituir uma terceira via para quem não quer o PT e nem a reeleição da governadora Yeda. Mas se a candidatura Lara não se mostrar sustentável, o PTB poderá escolher entre Fogaça e Tarso. Mas Fogaça não tera mais a vice-governança para oferecer. Tarso terá. O que faz com que, talvez, o PMDB precise mais dos progressistas do que imagina, pois não poderá ir ao Piratini só com o PDT.

O PP, dividido, está dentro do governo Yeda. Mas até aí, o PMDB também está. E não sinalizou quando sairá. O PP não tem candidato próprio, o PMDB tem. É um diferencial estimulante para acalentar os sonhos de Yeda de contar com os progressistas. Aliás, a falta de ação efetiva do PMDB em relação aos progressistas os coloca no colo da governadora. Mas com o PP, Fogaça teria um exército de prefeitos, o que compensaria a infidelidade do PDT. O partido só precisaria conciliar com o PMDB como ficaria uma coligação com duas pré-candidaturas fortes ao Senado: Ana Amélia e Rigotto. E como ficaria a coligação na proporcional.